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Resenha - O Código da Vinci






Dan Brown





Este foi o primeiro livro que eu li do escritor, mas já sabia sobre tal autor e suas obras. Confesso que fiquei toda empolgada pra começar à ler um livro tão famoso. E eu tinha todo o direito. A história é mesmo incrível. Não é por acaso a sua popularidade!
 Bem, começa com um assassinato dentro do museu mais famosos do mundo- o Louvre - a morte é do próprio curador do lugar, Jacques Saunière, que antes de morrer conseguiu deixar um mensagem cifrada na cena do crime ( em seu próprio corpo!!!). E é ai que surge o protagonista da história. 
 Robert Langdon é um famoso simbologista de Harvard que, junto com a criptógrafa francesa Sophie Neveu ( neta de Saunière)  tenta desvendar a misteriosa mensagem. Mas logo acabam se tornando suspeitos do crime; porém, não deixam de se aventurarem nas ruas de Paris buscando o significado da mensagem. 
 O que vão descobrindo é assustador e devastador ao mesmo tempo. O segredo envolve a igreja católica e grandes personalidades da ciência e da arte já presentes aqui na Terra. Vários contos e fatos bíblicos são expostos no livro; Jesus Cristo e Madalena são figuras importantíssimas no enredo. A riqueza de detalhes é constantemente presente; o que faz com que prestemos ainda mais atenção no livro.
 Robert e Sophie vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci  e se deparam sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental - da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal. E o pior, Brown consegue segurar o segredo até o final! (pura maldade com seus leitores).
 A relação entre as obras de arte, documentos e rituais secretos torna essa história de suspense uma coisa irresistível. Além de todo o mistério, suspense, e inteligencia presente no livro. O escritor nos presenteia com um romance em meio ao caos; que só o próprio Robert dirá se é possível ou não.
 É, sem duvidas, um livro muito interessante; e pode ser indicado para todos os gostos literários. Vou deixar um trecho pra vocês já se prepararem: 





FATOS

O Priorado de Sião - sociedade secreta européia fundada em 1099 - existe de fato. Em 1975, a Biblioteca Nacional de Paris descobriu pergaminhos conhecidos como Os Dossiês Secretos, que identificavam inúmeros membros do Priorado de Sião, inclusive Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo da Vinci.

A prelazia do Vaticano conhecida como Opus Dei é uma organização católica profundamente conservadora, que vem sendo objeto de controvérsias recentes, devido a relatos de lavagem cerebral, coerção e uma prática perigosa conhecida como 'mortificação corporal'. A Opus Dei acabou de completar a construção de uma Sede Nacional em Nova York, ao custo de aproximadamente 47 milhões de dólares. 

Todas as descrições de obras de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos neste romance correspondem rigorosamente à realidade.

PRÓLOGO

Museu do Louvre, Paris 22:46

O renomado curador Jacques Saunière percorreu cambaleante a arcada abobadada da Grande Galeria do museu. Lançou-se de encontro à pintura mais próxima que enxergou, um Caravaggio. Agarrando a moldura dourada, o homem de 66 anos puxou a obra-prima para si até despencar para trás, arrancando o quadro da parede e caindo de qualquer jeito por baixo da tela.

Como havia previsto, um portão de ferro desceu, com grande estrondo, ali perto, lacrando a entrada do conjunto de salas do gabinete. O assoalho de parquê tremeu. Bem distante, um alarme começou a soar.

O curador ficou ali deitado um instante, arquejante, avaliando a situação. Ainda estou vivo. Rastejando, saiu de baixo do quadro e esquadrinhou o ambiente cavernoso, procurando onde se esconder.

Uma gélida voz soou, assustadoramente próxima.

- Não se mexa.

De quatro, o diretor paralisou-se, virando a cabeça devagar.

A apenas cinco metros, diante do portão lacrado, a silhueta monstruosa de seu atacante espreitava-o por entre as barras de ferro. Era espadaúdo e alto, pele branca como a de um fantasma e cabelos também brancos e ralos. As íris eram rosadas, com pupilas vermelho-escuras. O albino sacou uma pistola do casaco e, passando o cano entre as barras, apontou-a diretamente para o diretor.

- Não devia ter fugido. - O sotaque dele era indefinível. 

- Agora me diga onde está.

- Eu já lhe disse - gaguejou o diretor, ajoelhado e indefeso no chão da galeria. - Não faço a menor idéia do que está falando!

- Mentira sua. - O homem estava perfeitamente imóvel, a não ser pelo brilho de seus olhos fantasmagóricos, cravados em Saunière. - Você e sua fraternidade possuem uma coisa que não lhes pertence.

O curador sentiu uma torrente de adrenalina na circulação. Como era possível que ele soubesse disso?

- Esta noite ela voltará para as mãos dos guardiães corretos. Diga-me onde está escondida, que pouparei sua vida. - O homem ergueu a arma até a altura da cabeça do curador. - É um segredo pelo qual o senhor morreria?

Saunière não conseguia respirar.

O homem inclinou a cabeça, fazendo mira.

Saunière levantou as mãos.

- Espere - disse, devagar. - Vou lhe contar o que precisa saber. 

- O curador pronunciou as palavras seguintes com imenso cuidado. Havia ensaiado várias vezes a mentira que contou... rezando a cada vez para jamais ser obrigado a utilizá-la.

Quando o curador terminou de falar, o atacante sorriu, pretensioso. 

- Sim. Foi exatamente isso o que os outros me disseram.

Saunière encolheu-se. Os outros?

- Eu também os encontrei - disse o gigante, sarcástico. 

- Todos os três confirmaram o que acabou de me dizer.




Não pode ser! A verdadeira identidade do curador, assim como as de seus três guardiães, era quase tão sagrada quanto o segredo antiqüíssimo que eles protegiam. Saunière agora percebia que seus guardiães, seguindo à risca os procedimentos, haviam contado a mesma mentira antes de morrerem. Fazia parte do protocolo.

O atacante tornou a mirar.

- Quando o senhor tiver morrido, eu serei o único a saber a verdade.

A verdade. Em um instante, o curador percebeu o verdadeiro horror da situação. Se eu morrer, a verdade se perderá para sempre. Instintivamente, procurou se proteger, desajeitado.

A arma explodiu, o diretor sentiu um calor escaldante quando a bala se alojou em seu estômago. Caiu para a frente... lutando contra a dor. Vagarosamente rolou de barriga para cima e lançou um olhar vidrado ao seu atacante, do outro lado das barras.

O homem agora estava mirando direto a cabeça de Saunière.

Saunière fechou os olhos, os pensamentos transformados em uma rodopiante tempestade de medo e arrependimento.

O estalido de uma arma sem munição ecoou pelo corredor.

Os olhos do diretor se abriram.

O homem olhou de relance para a arma, parecendo quase achar graça. Pegou mais um pente, mas depois reconsiderou, olhando com um sorriso calmo para o sofrimento de Saunière.

- Já cumpri meu dever aqui.

O diretor olhou para baixo e viu o buraco de bala na camisa de linho branco, rodeado por um pequeno círculo de sangue alguns centímetros abaixo do esterno. Meu estômago. Quase cruelmente, a bala havia deixado de lhe atravessar o coração. Por ser veterano da Guerra da Argélia, o diretor havia presenciado mortes horrivelmente lentas antes. Durante 15 minutos, ele sobreviveria, enquanto os ácidos do estômago lhe penetravam a cavidade peitoral, envenenando-o lentamente por dentro.

- A dor é boa, monsieur - disse o homem.

Depois se foi. 

Sozinho, Jacques Saunière voltou outra vez o olhar para o portão de ferro. Estava preso, e as portas não se reabririam em menos de 20 minutos. Quando alguém conseguisse alcançá-lo, ele já estaria morto. Mesmo assim, o medo que agora o assaltava era muito maior do que o da sua morte.

Preciso passar o segredo adiante.

Oscilando, pôs-se de pé e lembrou-se dos três membros assassinados da Fraternidade. Pensou nas gerações que vieram antes deles... na missão que havia sido confiada a todos.

Uma cadeia ininterrupta de conhecimento.

De repente, agora, apesar de todas as precauções... apesar de todos os dispositivos à prova de falhas... Jacques Saunière era o único elo que restava, o único guardião de um dos mais poderosos segredos jamais guardados.

Tremendo, obrigou-se a ficar de pé.

Preciso encontrar uma maneira...

Estava preso dentro da Grande Galeria, e só havia uma pessoa no mundo a quem ele podia passar o bastão. Saunière ergueu o olhar para as paredes de sua opulenta cela. As mais famosas telas do mundo pareciam sorrir para ele, como velhas amigas.

Gemendo de dor, concentrou todas as suas faculdades e todas as suas forças. A fenomenal tarefa que tinha diante de si, sabia, iria exigir todos os segundos de vida que lhe restavam.







... e ai, vale a pena ou não?
até a próxima....

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